João Gonçalo Cardoso  –  Arquitecto


João Gonçalo Cardoso, nascido em 1986, cresceu em Lisboa. Estudou Arquitectura no Instituto Superior Técnico.
Em 2013 muda-se para Londres, no Reino Unido, onde trabalha em dois escritórios: Allies and Morrison e Timothy Hatton Architects. Em 2019 regressa a Lisboa e estabelece escritório próprio. Desde esse momento tem vindo a desenvolver trabalhos nas áreas dos projectos de Arquitectura e Urbanismo, assente numa cultura plural, que privilegia a criação de colaborações e parcerias.


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Armistício
Lisboa, Portugal


A Casa do Armistício é um projeto de reabilitação localizado em Moscavide, com cerca de 44m². O programa funcional proposto inclui cozinha e sala em formato open-space, um quarto, uma casa de banho e um pequeno logradouro privado, localizado a tardoz e de relação directa coma cozinha.Por se tratar de uma área relativamente pequena, o primeiro passo da intervenção envolveu a eliminação de todos os elementos e paredes não estruturais, com excepção da parede interior que configura o quarto, possibilitando o crescimento da cozinha e sala de estar. A escolha dos materiais privilegiou um pavimento contínuo em epoxy, potenciando a fluidez dos movimentos. As vigas existentes, em betão armado, foram deixadas à vista e revestidas a reboco estanhado. Em contraste com os materiais ásperos e irregulares pré-existentes, os novos elementos trazidos foram construídos em madeira lacada de cor verde e salmão. Uma nova abertura, translúcida e em vidro fosco, foi criada para permitir a entrada de luz natural existente no quarto para a casa de banho.


Colaboração: Frederico Reis
Fotografia: Serrano Góis

2021 – 2023





Sant’Ana à Lapa
Lisboa, Portugal


Um apartamento na rua Sant’Ana à Lapa, uma transversal à Avenida Infante Santo, com um posicionamento na direcção nascente-poente que, por consequência directa, dá ao apartamento uma orientação solar de sul-norte.
No cenário pré-obra, as diferentes divisões encontravam-se segregadas, observando-se a falta de um eixo que as distribuísse, relacionasse e hierarquizasse. Deste modo, foi proposto que cada divisão mantivesse a sua localização original e introduziu-se um novoespaço de entrada, capaz de separar espaços sociais e privados, enquanto introduz uma nova relação entre Cozinha e Salas de Estar e de Jantar. A garantia de que os elementos que faziam parte da génese da construção original (pavimento em espinha, chaminé,..), tão característica dos anos 50, foi tida em conta, preservando o que era possível e introduzindo um novo material – cantaria – para os pavimentos, rodapés, aduelas e vergas.


Colaboração: Frederico Reis
Fotgrafia: Serrano Góis

2019 – 2021





Avenida
Sintra, Portugal


Um apartamento na Avenida de Sintra, em Casal de Cambra, com um posicionamento na direcção nascente poente. O grande foco desta intervenção foi a transformação dos espaços sociais. Os clientes solicitaram a criação de uma relação entre a Cozinha e os espaços das Salas de Estar e de Jantar, garantindo uma maior fluidez espacial, sem descurar contudo a identidade de cada espaço. A possibilidade de intervir neste apartamento permitiu aprofundar a investigação de novas formas de, pontualmente, melhorar a espacialidade e funcionalidade desta unidade de habitação. Novos acabamentos foram introduzidos no apartamento de modo a criar uma imagem àmedida de quem o vai habitar, que em muito se distancia dos acabamentos e ambiente existentes pré-obra, herdeiros de uma corrente estética pouco íntegra – e que ainda hoje teima em proliferar.
 

2020 – 2021





Musas
Lisboa, Portugal


A casa na Rua das Musas é um projeto de reabilitação de um apartamento duplex localizado no Parque das Nações, com cerca de 150m². O programa funcional proposto inclui para o Piso 0 a transformação de dois dos quatro quartos existentes, num quarto en-suite e a eliminação da instalação sanitária social. Este conjunto de transformações permitiu o estabelecimento de uma geometria regular ao espaço de entrada do apartamento. No segundo piso foram efectuadas as seguintes alterações: a introdução da sala de escritório, junto às escadas do apartamento e ao corredorde serviço do segundo piso; criação de um novo conceito de espaço para as áreas de estar, alterando a sua proporção e diminuindo o pé-direito no centro do divisão, convertendo um espaço longo e monofuncional em três áreas distintas: sala de jantar, sala de estar e zona de leitura. Finalmente foi pensada uma nova relação entre a cozinha e a nova sala de jantar, ligando agora estes dois espaços em forma de espaço de copa, recorrendo à eliminação de uma serie de pequenos armários.


Colaboração: Catarina Rebelo

2013 – 2014





Centro Cultural
Loures, Portugal


A proposta para o novo edifício do Centro Cultural de Loures define-se por uma base regular quadrada com 60,2 metros de lado, estabelecido por uma métrica estrutural de 2,58 metros, com a frente norte paralela à nova via urbana interior e ao rio de Loures, libertando a periferia do lote para a integração do edifício com os valores telúricos do lugar. Uma praça pública, à cota da entrada principal, cria um grande plateau aberto radialmente e que surge como o lugar democratizado e organizador do projeto, um lugar social que integra o programa de uso diário, sobre o piso de estacionamento no embasamento, com entrada dos veículos a norte, à cota mais baixa e que eleva o programa formal para os pisos 1 e 2. A criação de uma estrutura integra e independente, de uma clareza inquestionável, que se desvincula protocolarmente da rigidez obrigacionista de um programa estático e imutável, viabiliza que se sigam diretivas para que o programa se possa adaptar ao longo da vida útil do edifício, e que todas estas sejam feitas de forma muito pragmática e limpa. O plateau, surge como elemento aglutinador, distribuidor e transformador do Centro Cultural, e permite que a funcionalidade se alie à fluidez da interação dos vários usos requeridos (café, concerto e anfiteatro de apoio ao mesmo) com apropriações espontâneas.  


Colaboração: Frederico Reis

2021





São Marçal
Lisboa, Portugal


O projecto visa a elaboração de uma unidade hoteleira no centro de Lisboa. A proposta de intervenção patrocina a manutenção das características principais do edifício e da fachada principal, através do recurso a materiais e soluções que salvaguardem a integridade do edifício existente e do conjunto onde está inserido, contribuindo para a sua valorização patrimonial. Nesse sentido serão preservados e restaurados os elementos mais relevantes da sua composição, onde se destacam os azulejos originais. Do ponto de vista interior a intervenção procura a manutenção das características e proporções espaciais originais, evidente na disposição da sequência de espaços que compõem a área social no piso de acesso. Nos pisos superiores é respeitada a estrutura espacial, embora naturalmente adaptada à adequação do edifício ao programa, nomeadamente aos requisitos das unidades de alojamento.


Colaboração: João Graça
Imagem: Rendergram

2020 – em desenvolvimento





Chãos
Rio Maior, Portugal


Para a elaboração deste projecto, foi solicitada a reabilitação de uma antiga casa de família, palheiro e casa dos animais em duas unidades de habitação, que deverão ser exploradas enquanto alojamento local ou turismo rural. A intervenção teve como objetivo enfatizar a beleza natural do território rural e sua paisagem, a Serra de Aires e Candeeiros, evitando uma ocupação massiva e descuidada, libertando o solo e protegendo a biodiversidade. A estratégia para o desenvolvimento do projecto de arquitectura ancorou na ideia de remoção de todos os elementos construídos não originais, mantendo todas as paredes exteriores em alvenaria de pedra. Esta abordagem permite enfatizar a clareza construtiva do conjunto, enquanto se promove a restauração das casas, reconhecendo e respeitando a sua herança cultural, destacando as qualidades naturais deste território.


Colaboração: irma studio

2023 – em desenvolvimento





Boniverdi
Oeiras, Portugal


O lote possui aproximadamente 1436 m² de área total e encontra-se vazio, sem nenhuma construção existente. 
A topografia do terreno é irregular e o declive é ascendente no sentido norte-sul. O terreno é interceptado, no sentido poente-nascente por um talude com variação altimétrica entre a sua base e topo de sensivelmente 3 metros.
A casa assenta num pódio de betão. Os arranjos exteriores adequam-se à especificidade de cada confrontação. Os percursos exteriores, de geometria sinuosa, definem-se através do conflito entre a orografia existente e a necessidade primordial de se chegar à casa.


Imagem: Bloomlab

2019 – em desenvolvimento





Tílias
Oeiras, Portugal


O lote possui aproximadamente 364m². A nova casa gemina-se com a do lado. Contudo, e apesar de “gémeas”, a nova construção não se pretende confundir com a “irmã”.  Tratam-se de duas construções com uma diferença de idade superior a 30 anos. No seu aspecto, a nova casa apresenta no seu alçado principal – a Norte - restícios de uma imagem formal, tipicamente habitacional. Esta formalidade, apresentada no alçado Norte, transforma-se sucessivamente nos Alçados Este e Sul, numa linguagem informal - o Alçado Este é preenchido por dois vãos exteriores (Cozinha e Quarto), privilegiando assim uma certa neutralidade e simplicidade formal. O Alçado Sul proporciona uma série de vãos exteriores de dimensões consideráveis, ligando, de forma franca, os espaços sociais para o logradouro.


Imagem: Bloomlab

2019 – em desenvolvimento





Renascença
Sintra, Portugal


A Casa da Renascença faz parte do conjunto edificado e paisagístico da Quinta da Regaleira. O edifício estabelece-se como a sede da Fundação que gere a Quinta da Regaleira – a CulturSintra. A Casa da Renascença é um edifício de aparência medieval, com três pisos acima da cota da entrada principal e um piso abaixo desta cota, onde se localiza a cafetaria.
O presente projecto visa a requalificação funcional deste imóvel, melhorando as condições de trabalho nos espaços colectivos da Fundação e ampliando as Instalações Sanitárias de público, procurando dar resposta ao crescente número de visitantes da Quinta da Regaleira.


Colaboração: Conservation Practice

2023 – em desenvolvimento